Durante a Idade Média, os perfumes desempenhavam um papel crucial, refletindo sua importância cultural e prática de maneiras diversas. Ao contrário do que se pensa atualmente, os aromas medievais tinham usos variados, como em rituais religiosos, tratamentos medicinais e práticas de higiene. A ligação da perfumaria com as tradições religiosas era evidente, com resinas e incensos como olíbano e mirra sendo queimados em igrejas para criar uma atmosfera sagrada e purificadora, afastando energias negativas e protegendo os espaços sagrados. Na área da medicina na Idade Média, fragrâncias como rosa, lavanda e cravo eram utilizadas em pomadas e infusões para tratar doenças. A crença no poder dos odores sobre a saúde vinha da teoria dos humores, que enfatizava a importância do equilíbrio dos fluidos corporais para o bem-estar. Os perfumes eram vistos como auxiliares nesse equilíbrio e na promoção da saúde. No dia a dia, os perfumes eram usados para disfarçar odores devido à escassez de banhos e à higiene precária. Eles eram aplicados em roupas, cabelos e móveis para manter a limpeza e proporcionar prazer olfativo.A produção de perfumes era restrita às classes mais altas, que importavam fragrâncias sofisticadas como símbolo de status e riqueza. Assim, na Idade Média, os perfumes desempenhavam papéis essenciais na religião, medicina e vida cotidiana, além de serem um indicador de posição social.
